Tempo
- Júlia Marquezan
- 16 de set. de 2024
- 1 min de leitura
Quanto leva até que as coisas se esgotem em nós?
Mergulho na minha tristeza, talvez cada dia um pouco mais consciente de mim. Observo mais uma vez as minhas emergências. Emergir. RespirAR e submergir. Submarino. Sub emergências. Tudo sempre parece muito definitivo.
O peito aperta e alivia. Arritmia. Aperta dentro desses edifícios concretos; sob decreto, desmorono.
Alívio ao desconstruir.
Desafio de viver impermanência. Esquecer. Todo lugar é temporário.
Ao mesmo tempo que quero que o desconforto da definição se esgote, sinto o gosto doce da suavidade do espontâneo. É o vai-e-vem.
O tempo das coisas, o tempo das coisas em nós, o tempo da alma.
Logo passa. Logo chega mais uma vez.
Texto escrito em 24/08/2022
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